Paulo Valentim
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Paulo Ângelo Valentim | |
Data de nascimento | 20 de novembro de 1932 | |
Local de nascimento | Barra do Piraí, Distrito Federal, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 9 de julho de 1984 (51 anos) | |
Local da morte | Buenos Aires, Argentina | |
Altura | 1,77 m | |
Pé | destro | |
Informações profissionais | ||
Posição | atacante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
????–1952 1952–1954 1954–1956 1956–1960 1960–1965 1965–1966 1966–1968 1968 |
Central de Barra do Piraí Guarani de Volta Redonda Atlético Mineiro Botafogo Boca Juniors São Paulo Atlante Argentino de Quilmes |
51 (31) 115 (71) |
Seleção nacional | ||
1959 | Brasil | 5 (5) |
Paulo Ângelo Valentim, também conhecido como Paulinho Valentim (Barra do Piraí, 20 de novembro de 1932[1] — Buenos Aires, 9 de julho de 1984) foi um futebolista brasileiro.[2]
Centroavante raçudo e artilheiro, é o maior artilheiro do Boca Juniors na história do Superclássico do futebol argentino.[1][3]
História
[editar | editar código-fonte]Filho de Joaquim Valentim, o Quim, ex-defensor do Atlético-MG campeão dos campeões de 1937[1], começou a jogar futebol no Central de Barra do Piraí. Passou pelo Guarani de Volta Redonda e, em 1954, transferiu-se para Belo Horizonte, contratado pelo Atlético Mineiro, onde foi Campeão Estadual em 1954 e 1955. Em 51 jogos, marcou 31 gols.[4][5] O atacante se despediu no início do segundo semestre de 1956, quando o Botafogo o levou, por 1 milhão de cruzeiros.[1]
Foi levado pelo treinador João Saldanha para o Botafogo, que não conquistava um título desde 1948. O jejum terminou em 1957, com participação fundamental de Paulo Valentim: ele fez 5 gols (sendo um de bicicleta) na vitória de 6 a 2 do Botafogo sobre o Fluminense[1] que decidiu o Campeonato Carioca daquele ano.
No Rio de Janeiro dos anos 1950, Paulo Valentim desenvolveu seu futebol mas também seu temperamento boêmio, costume entre boa parte dos jogadores naquele tempo.
Convocado para a Seleção Brasileira que participou do Sul-Americano de 1959, em Buenos Aires, jogou e encantou os argentinos.[6] Quando o Brasil venceu o Uruguai de virada no Monumental de Nuñez, teve hat-trick de Valentim.[1] No ano seguinte foi contratado pelo Boca Juniors, mas antes de mudar-se para Buenos Aires, casou-se com a namorada Hilda Maia Valentim[7], que ele havia conhecido em Belo Horizonte e que mais tarde seria a inspiradora da personagem Hilda Furacão, criada em 1991 pelo escritor Roberto Drummond, tornando-se famosa, esta personagem, depois da exibição da minissérie Hilda Furacão.[8]
No Boca Juniors, Paulinho Valentim rapidamente destacou-se como goleador: não chegou a ser artilheiro do Campeonato Argentino de Futebol, mas foi o artilheiro do Boca nas temporadas de 1961, 1962 e 1964, sendo que nas duas últimas seu clube foi também campeão[1].[5] Em 4 anos, marcou 10 gols em jogos oficiais (e mais 3 em amistosos) contra o River Plate, sendo o maior artilheiro do Boca na história do Superclássico do futebol argentino.[1][3][5] Tornou-se ídolo da torcida xeneize, que tinha um grito de guerra especial para ele: "¡Tim, tim, tim! ¡Es gol de Valentim!"[1] Sua esposa Hilda era tratada como "primeira-dama" do clube, assistindo as partidas num lugar especial da Tribuna de Honra da Bombonera.[9]
Foram 111 jogos e 71 gols pelo Boca Juniors. Paulo Valentim começou a oscilar em 1964, se recusou a jogar pelo time de aspirantes, para recuperar a parte física, foi multado e, então, em 1965, decidiu ir embora.[1]
Em 1965, já com 32 anos e debilitado pela vida boêmia, Valentim transferiu-se para São Paulo, onde teve uma passagem apagada pelo São Paulo.[10]
No final dos anos 1960, Paulo e Hilda foram para o México, onde ele ainda tentou jogar no Atlante, mas acabou trabalhando no cais do porto.
Em 1978 conseguiu dinheiro emprestado com amigos brasileiros e voltou com a esposa a Buenos Aires, onde se dispôs a ser treinador de futebol, mas teve apenas uma rápida experiência numa equipe de juniores.[11]
Morte
[editar | editar código-fonte]Valentim morreu pobre devido ao alcoolismo e vício em jogos.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j «Paulo Valentim: o artilheiro bad boy envolto pelo furacão é o mais forte laço de Atlético-MG x Boca». ge. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ «Paulo Valentim - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ a b «Folha Online - Colunas - Regra 10 - Ídolo brasileiro no Boca Juniors - 18/09/2009». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ «Paulo Valentim - Clube Atletico Mineiro - Enciclopedia Galo Digital». www.galodigital.com.br. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ a b c d Miguel, Fernando Martins y (12 de julho de 2021). «Do Galo, do Boca e de Hilda Furacão: a história do artilheiro Paulo Valentim | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ «Paulo Valentim, el goleador histórico de Boca en el Superclásico». OneFootball (em espanhol). Consultado em 12 de novembro de 2022
- ↑ «O Maior Portal de Entretenimento de MG - Portal Uai e+». www.uai.com.br. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ «Folha de S.Paulo - Minissérie estréia com mistérios sobre a verdadeira Hilda Furacão (com foto) - 27/05/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ «Página sobre Paulo Valentim no "Informe Xeneize" (em espanhol)». Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ «Lista de gols de Paulo Valentim, no sítio "Futebol 80"». Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ «Página sobre Paulo Valentim no sítio "Big soccer" (em inglês)». Consultado em 19 de janeiro de 2014
- Nascidos em 1932
- Mortos em 1984
- Futebolistas do estado do Rio de Janeiro
- Futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas
- Futebolistas do Clube Atlético Mineiro
- Futebolistas do Club Atlético Boca Juniors
- Futebolistas do São Paulo Futebol Clube
- Futebolistas do Club de Fútbol Atlante
- Jogadores da Seleção Brasileira de Futebol
- Naturais de Barra do Piraí